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A pauta do Cosud é Meio Ambiente: conheça escolas que estão mudando a realidade de suas comunidades

Sensor de deslizamentos, recuperação de córrego e agrofloresta estão entre as ações de alunos da rede pública de SP para enfrentar a crise climática

O governador Tarcísio de Freitas abriu nesta quinta-feira (19) a 9ª edição do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), na Sala São Paulo, no centro da capital. Entre os temas que serão abordados no encontro com pastas dos estados, entre elas a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), o governador destacou a importância do debate sobre o enfrentamento às mudanças climáticas.

“O que de fato nós vamos fazer para mitigar os efeitos das mudanças climáticas?”, “Como vamos estabelecer um sistema de monitoramento?” “Como a gente vai tornar as cidades mais resilientes e conseguir dar uma pronta resposta?” foram algumas das provocações do governador durante a abertura do Cosud.

Até sábado (21), governadores, vice-governadores, secretários e gestores públicos dos sete estados participam de grupos de trabalhos para colaborar na discussão sobre o enfrentamento à crise climática e outras temáticas. No total, 1.540 pessoas se inscreveram para participar da 9ª edição do Cosud.

Nesse sentido, as escolas estaduais de São Paulo têm desenvolvido ações que estão impactando positivamente estudantes, comunidade escolar, entorno das unidades e até mesmo cidades inteiras.

Conheça cinco projetos:

  • Sensor de deslizamentos

Um grupo de 11 alunos da 3ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Padre Manuel da Nóbrega, na zona norte da capital paulista, criou um protótipo de sensoriamento remoto capaz de prevenir deslizamentos de terra.

Na prática, os estudantes criaram um equipamento que, durante os testes assistidos, ficou a 1,5 metro de profundidade. O solo usado foi o argiloso, que pode ser encontrado tanto na região metropolitana da capital, quanto na região do litoral norte – vítima de uma tragédia no início do ano -, e os indicadores usados para o monitoramento são os de inclinação e umidade do solo.

O sensor inteligente calcula o risco de um deslizamento de terra e emite um SMS para um número cadastrado, alertando sobre o potencial perigo do desastre.

  • Recuperação de córrego

A Escola Estadual Professora Alzira Valle Rolemberg está no centro de um projeto socioambiental de resgate do córrego Piedadinha, na cidade de São José dos Campos.

Desde junho de 2022, quando o projeto teve início, a escola já fez o plantio de 600 mudas de espécies nativas do cerrado e da mata atlântica e prefeitura da cidade asfaltou a rua em frente à nascente, construiu uma pista de corrida e ciclismo no entorno, fez a limpeza do córrego e implementou um muro de gabião, que possibilita a drenagem do solo. Há expectativa para que o projeto esteja concluído em até dois anos.

  • Lixo certo

A população da cidade de Santa Cruz do Rio Pardo não separa mais o lixo da mesma forma depois da criação do projeto Zcom.pet, da Escola Estadual Professora Zilda Comegno Monti.

O projeto, que passou a engajar os 390 estudantes da unidade de ensino a recolherem materiais como tampinhas plásticas (derivadas de polipropileno), lacres, blisters (embalagens de medicamentos), cápsulas de café e materiais como canetas, lápis, canetinhas e borracha, agora envolve empresas, clubes da cidade e moradores do entorno da escola no processo de reciclagem.

E eles vão além. Toda a verba recebida por meio da venda desses materiais é destinada a instituições da cidade.

  • 1.600 novas árvores na zona leste

A partir desta sexta-feira (20), alunos de 16 escolas estaduais localizadas na zona leste, em Cidade Tiradentes, Cohab José Bonifácio, São Mateus e São Rafael plantarão 1.600 mudas de árvores no projeto “Mini Florestas”, uma ação da Diretoria Regional de Leste 3 em parceria com o Coletivo Compô e Instituto UMAPAZ.

No total, 12 mil estudantes serão beneficiados com o projeto com foco nas escolas localizadas em regiões de vulnerabilidade social, econômica e ambiental. Cada uma das 16 escolas envolvidas receberá 100 mudas de árvores, de espécies como pau-viola, angico-vermelho, araçá-do-mato, araçá-vermelho, grumixama e guabiroba-amarela.

Depois do plantio, o projeto seguirá pelos próximos cinco anos, com apoio das instituições para que os estudantes façam a manutenção das mudas e espaços das mini florestas.

  • Agrofloresta na zona sul

Desde o ano passado, alunos da Escola Estadual Professor Andronico de Mello, na zona sul, são responsáveis pela criação de uma agrofloresta no terreno da escola, em um espaço antes utilizado para depósito de lixo.

Nas aulas práticas de biologia, os alunos limparam todo o local e aprenderam sobre solo e compostagem antes do preparo dos canteiros. Aulas sobre produção e manejo de mudas também fazem parte do cronograma do projeto de agrofloresta.